Nordeste

O Nordeste Brasileiro
*Introdução


> Aspectos Geográficos
Estados: Pernambuco, Alagoas, Bahia, Maranhão, Ceará, Piauí, Paraíba, Sergipe e Rio Grande do Norte.
Habitantes: 53.081.950
Área: 1.558.196 km²
- População mal distribuída no território - as grandes cidades comportam a maioria da população, causando superlotação.
      
Temperatura anual: entre 20°C e 28°C.
Chuvas: irregulares; o Nordeste sofre com as secas em determinada época do ano.
Seca: traz dificuldades sociais e econômicas. Com a ausência da água, torna-se difícil o desenvolvimento da agricultura e a criação de animais, gerando fome e miséria no sertão nordestino. Houve a aplicação de sistema de irrigação, açudes e barragens em uma tentativa de melhoria desse problema.

Relevo:
- Planaltos extensos e antigos como de Borborema e Bacia do Rio Parnaíba
- Chapadas muito belas - a mais conhecida é a da Diamantina.
Climas predominantes: tropical (caracterizado pela ocorrência de uma estação seca durante o ano), equatorial (que tem altos índices de chuva) e semiárido (caracterizado pela baixa umidade e pouca chuva).




Zonas geográficas: Meio Norte, Sertão, Agreste e Zona da Mata.












1) Meio Norte
2) Sertão
3) Agreste
4) Zona da Mata






Vegetação: Mata Atlântica, Mata dos Cocais, Cerrado, Caatinga, Vegetações Litorâneas e Matas Ciliares. 
Hidrografia: o mais importante deles é o rio São Francisco. Existem outros com tamanha importância, como o rio Parnaíba, o rio Jaguaribe, o rio Piranhas-Açu, o rio Pindaré, o rio Paraíba e o rio Uma.
Turismo: as cidades litorâneas possuem uma ótima infraestrutura turística - as praias se destacam pelas belezas naturais. Há também o turismo histórico-cultural, com cidades de arquitetura da época colonial (Recife, Olinda, Salvador, entre outras).





Economia e Área Social
- Renda:
Tem como principal fator a exploração: Petróleo (destaque para o estado do Rio Grande do Norte). 
Incentivos fiscais: Vem recebendo uma série de indústrias, aumentando sua área industrial e trazendo desenvolvimento para a área.
Turismo: Fundamental para a economia da região. Há algum tempo já se vem investindo na infraestrutura para turismo, como melhoria de aeroportos e portos, etc. Por ser uma região muito bonita e histórica, chama sempre a atenção dos turistas. As atividades do turismo no Nordeste são responsáveis por cerca de 6,4% da renda do trabalho total.
 Produção agrícola: O principal produto é a cana-de-açúcar, produzida nos estados de Alagoas, Paraíba e Pernambuco. Além disso, também há plantio de soja, algodão, tabaco, caju e outras frutas tropicais. 
Pecuária: Há também uma enorme criação de cabras e gado.


- Saúde:
Índice de mortalidade infantil: 18,5 % (2010). Apesar de melhorar muito, ainda é a pior do país: apesar de ainda muito deficiente, atingindo sobretudo os pobres, a área de saúde do nordeste trouxe melhoras. Já foram encontrados suficientes resultados bem positivos na redução da mortalidade infantil. Confira: http://jornalnacional.globo.com/Jornalismo/JN/0,,AA1256044-3586-530064,00.html


Índice de desnutrição infantil: Caiu de 33,9% em 1986 para 5,9% em 2006.





- Educação:
Taxa de analfabetização: 10 a 14 anos: 7,1 % e 15 ou mais: 19,1 %

Taxas de aprovação, abandono, evasão, promoção, repetência, reprovação e distorção idade-série: 



Ens. Fundamental - anos iniciais Ens. Fundamental - anos finais Ensino Médio
Taxa de distorção idade-série (2010) 26,6 % 40,4 % 46,6 %
Taxa de evasão (2005) 11,4 % 15,0 % 3,3 %
Taxa de promoção (2005) 68,7 % 66,3 % 80,5 %
Taxa de repetência (2005) 19,9 % 18,7 % 16,2 %
Taxa de abandono (2010) 3,2 % 8,0 % 14,2 %
Taxa de aprovação (2010) 85,7 % 77,0 % 76,3 %
Taxa de reprovação (2010) 11,1 % 15,0 % 9,5 %





Taxa de analfabetismo funcional: Em 2002: 40, 8%



Taxa de frequência à escola ou creche da população residente:





Taxa de frequência à escola ou creche da população residente
Total 0 a 6 anos 7 a 14 anos 15 a 17 anos
Brasil 31,7% 36,5% 96,9% 81,5%
Nordeste 35,5% 37,7% 95,8% 79,9%
Sudeste 29,2% 38,6% 97,8% 83,8%
Sul 29,3% 33,6% 97,9% 78,8%
Centro-Oeste 32,5% 30,7% 97,1% 80,3%



Taxa de desemprego: 6,2% (março de 2012)




Taxa de homicídio: 18.073 mortes

  • Alagoas: 2.084
  • Bahia: 5.288
  • Ceará: 2.514
  • Maranhão: 1.478
  • Paraíba: 1.454
  • Pernambuco: 3.412
  • Piauí: 427
  • Rio Grande do Norte: 727
  • Sergipe: 689

Apesar de vir apresentando melhoras nos últimos anos em relação à qualidade de vida da população, o Nordeste ainda tem os mais baixos indicadores socioeconômicos do país, tais como o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano). A pobreza é um dos principais desafios para o Nordeste, sendo um problema social que vem ocorrendo devido principalmente à alta natalidade e à concentração fundiária





































Meio ambiente e sustentabilidade:
- Secas:
            As secas são um dos maiores problemas ambientais do Nordeste, gerando dificuldades sociais para as pessoas que habitam a região. A seca provoca a falta de recursos econômicos, gerando fome e miséria no sertão nordestino. 
            Na tentativa de melhorias:
- Construções de cisternas, açudes e barragens;
- Distribuição de água através de carros-pipa em épocas de estiagem (situações de emergência);
- Implantação de um sistema de desenvolvimento sustentável na região, para que as pessoas não necessitem sempre de ações assistencialistas do governo;
- Incentivo público à agricultura adaptada ao clima e solo da região, com sistemas de irrigação.
   
            



A água está muito escassa no Nordeste. Aquela região está repleta de bolsões de água subterrâneas - que resolveriam alguns dos problemas de água da região - mas, por falta de dinheiro ou informação, em muitos lugares não se aproveita essa fonte. 
          


 A seca que atingiu o Nordeste no começo de 2012 foi a pior dos últimos 30 anos. A região mais afetada foi o semiárido nordestino, principalmente do estado da Bahia - neste estado, cerca de 230 municípios foram atingidos. Municípios de Alagoas e Piauí também sofreram com a falta de chuvas. 
A seca trouxe muito prejuízo para as principais fontes de renda da região: pecuária e agricultura de milho e feijão.

































    
- Desmatamento:  



   

   Estamos falando de 114 mil hectares de terras desmatadas. Esse processo ocorre na indústria carvoeira, que desmata a vegetação, pega a madeira e queima, em fornos ligados dia e noite. A população também faz queimadas para obter uma boa plantação de gramíneas, alimentação de gado, tendo em vista que é mais barato e fácil.
   O que essas pessoas esquecem é que, apesar de ser uma boa tática individualmente, isto afeta negativamente o meio ambiente, deteriorando a qualidade do ar e a biodiversidade. Além de fazer muito mal para a Camada de Ozônio, milhões de espécies provenientes única e exclusivamente daquela região são extintas.
   Além do solo, da flora e da fauna, os rios foram fortemente atingidos por causa da produção açucareira. A água também sofre intoxicações devido ao vinhoto da indústria do açúcar e do álcool. As margens dos rios também são desmatadas e sofrem com o assoreamento.
   Em busca de provas e de confirmações das mudanças climáticas globais, diversos estudos estão sendo desenvolvidos no Nordeste brasileiro. Esses dados nos permitirão saber as consequências que essas mudanças climáticas causarão em nossas vidas.
   Umas das principais causas do desmatamento na Caatinga é a extração de mata nativa para a produção de lenha e carvão vegetal destinado às fábricas gesseiras, de cerâmica do Nordeste e ao setor de produção siderúrgica dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo. Além da extração de mata nativa, há o plantio de insumos vegetais para biocombustíveis e criação de bois.   Para superar a situação o Ministério do Meio Ambiente acredita que uma das solução é planejar uma nova matriz energética para a região, implementando a produção de energia eólica, gás natural e pequenas hidrelétricas. Sobretudo, é necessário um projeto de recuperação dos solos, reflorestamentos e a oferta de créditos que combatam a desertificação.
   O ministro pronunciou o projeto do Banco do Nordeste em criar um novo fundo de recuperação do bioma, o Fundo Caatinga contra a desertificação. Há também o projeto de destinar uma verba de 500 milhões reais ao Fundo Clima, a verba seria oriunda do Pré-Sal. O Ibama pretende reforçar uma frente de 25 operações para combater o desmatamento e a produção de carvão ilegal.



v  Aqui está uma reportagem que saiu no Globo cujo tema é o desmatamento da Caatinga, pertencente ao Nordeste basileiro. 

- Energia:
            O Nordeste brasileiro vem sendo apontado como um local com grande potencial para geração de energia renovável e fatores como regularidade e intensidade dos ventos fazem com que o Governo do Estado estime que serão investidos mais de R$ 6 bilhões apenas em empreendimentos e equipamentos voltados para a geração da energia limpa.
            A energia eólica já vem com força no nordeste. Estados como o Rio Grande do Norte, a Bahia e o Ceará já contém arques funcionando. Atualmente, o país tem 71 parques que produzem a energia limpa e renovável, onde a Região Nordeste é campeã nacional de geração de energia do vento. Embora o Ceará detenha 40% da capacidade do país, com 17 parques, é o Rio Grande do Norte que vem se destacando no quesito crescimento desse setor. Até dois anos atrás, o Estado era obrigado a importar energia elétrica para atender a demanda da população local, mas os bons ventos da região atraíram os investidores - dez parques eólicos foram construídos e outros 30 estão em construção. Diante dessa nova realidade, até 2014, o Rio Grande do Norte será o principal produtor de energia eólica do Brasil. 
Confira aqui:


O Brasil está começando a explorar a energia limpa das ondas. A primeira usina de ondas da América Latina funciona no porto do Pecém, a 60 quilômetros de Fortaleza, e será lançada oficialmente durante a Rio+20.
Confira mais detalhes na reportagem publicada pelo jornal O Globo: http://oglobo.globo.com/ciencia/pais-comeca-explorar-energia-limpa-das-ondas-5122838




Além disso, a Companhia de Energia Elétrica, empresa pernambucana, está começando a desenvolver um projeto que tem como objetivo reduzir o consumo de energia elétrica.
Leia mais sobre o Projeto Energia Verde aqui: http://amane.org.br/detalheProgramasProjetos.asp?cod=22





- Lixo: 
A Região Nordeste apresenta a situação mais crítica, com a maior geração diária de resíduos por habitante, e contem 51% dos 1.688 lixões espalhados pelo país. Mas não apenas isso - as cidades do Nordeste também se apresentam como capitais brasileiras do lixo na rua, estando em primeiro lugar Salvador e em segundo Fortaleza.
Confira a notícia do Fantástico:





Baseado neste cenário bem como no das realidades locais, o Sindicato das Empresas de Reciclagem de Resíduos Sólidos Domésticos e Industriais no Estado do Ceará (Sindiverde), com o apoio da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) e do Instituto de Desenvolvimento Industrial (INDI), lançou em 2010 a iniciativa “RECICLA NORDESTE”. "Reciclando com sustentabilidade” é o tema da mesma.
Mais informações aqui: http://www.reciclanordeste.com.br/oevento/oevento.html



                                                   

E mais: artista nordestina usa conceito de reciclagem para fazer arte! Confira: http://tribunadonorte.com.br/noticia/o-nordeste-em-papel-mache/175523o


> História e Cultura 
         Berço da colonização portuguesa no Brasil, o Nordeste foi habitado por muitos povos indígenas. Até hoje é uma região que valoriza muito sua cultura histórica, preservando muitos elementos indígenas, de escravos africanos e de imigrantes europeus. Teve também, em 1549, a primeira capital do Brasil: Salvador. É um dos lugares mais ricos em manifestações culturais.
        Tem como principais danças o frevo e a capoeira - e um carnaval mundialmente conhecido -, além da festa junina, dos forrós e das várias atrações folclóricas ("Bumba Meu Boi" é uma das principais). Como atividades artesanais, estão a cerâmica, os bordados, as redes e os trançados. Possui uma culinária bastante típica: geralmente, alimentos apimentados. Destacam-se, na comida típica do Nordeste, a carne-de-sol, o queijo coalho, a cocada, o cuscuz, o vatapá, o acarajé, o abará e a tapioca.
Veja aqui um vídeo da capoeira nordestina:       





E confira agora também uma música o rei do baião, um dos maiores nomes da música nordestina até hoje: Luiz Gonzaga!




A religião também é de extrema importância - o catolicismo é a religião oficial (principalmente no Ceará).

v  Você sabia? A capoeira foi desenvolvida pelos escravos trazidos da África para o Brasil? Eles praticavam a arte marcial como forma de elevar o seu moral, transmitir a sua cultura e, principalmente, como forma de resistir à precária situação em que viviam.
v  Você sabia? É comemorado em 8 de outubro o Dia do Nordestino.

sv  “Exaltação ao Nordeste
“Eita, Nordeste da peste,
Mesmo com toda sêca
Abandono e solidão,
Talvez pouca gente perceba
Que teu mapa aproximado
Tem forma de coração.
E se dizem que temos pobreza
E atribuem à natureza,
Contra isso, eu digo não.
Na verdade temos fartura
Do petróleo ao algodão.
Isso prova que temos riqueza
Embaixo e em cima do chão.
Procure por aí a fora
"Cabra" que acorda antes da aurora
E da enxada lança mão.
Procure mulher com dez filhos
Que quando a palma não alimenta
Bebem leite de jumenta
E nenhum dá pra ladrão
Procure por aí a fora
Quem melhor que a gente canta,
Quem melhor que a gente dança
Xote, xaxado e baião.
Procure no mundo uma cidade
Com a beleza e a claridade
Do luar do meu sertão.”

      Luiz Gonzaga de Moura.

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v  Receita da semana! (11/06)
     > Cuscuz : 
Faça em casa o prato mais consumido nas casas do nordeste brasileiro ! No café da manha ou jantar, o cuscuz é ideal acompanhado de queijo coalho e um bom café !
Esta receita fica pronta em quinze minutos e rende um cuscuz pequeno !
Ingredientes :
3 xícaras de fubá (flocos grandes)
1 xícara de água
1 colher (chá) de sal
Modo de preparo :
Preparo: 5 min./ Cozimento: 10 min.
1) Em um recipiente, adicione o fubá e umedeça com a água e acrescente o sal.
2) Deixe descansar por 5 minutos. Em seguida coloque água na cuscuzeira até atingir a marca (toda cuscuzeira tem uma marca até onde você deve colocar água).
3) Transfira o fubá para a cuscuzeira. Cozinhe por cerca de 10 minutos.
4) Se você não tiver cuscuzeira coloque água pra ferver numa panela e em cima coloque uma panela pra cozinhar a vapor com o fubá dentro.
5) Sirva quente com manteiga, ou ovo frito, ou ainda queijo de coalho frito.
Dica: Coloque 1 colher (sopa) de vinagre na água do fundo da cuscuzeira, isso vai evitar que a panela escureça."

























v  Receita da semana! (18/06)
     > Canjica:


 Ingredientes:
 500g de canjica
 1 litro de leite
 1 vidro de leite de coco
 1 lata de leite condensado
 2 pedaços de canela em pau
 1 colher de café de sal

Modo de fazer:
Prepare a canjica: cate a canjica para retirar grãos estragados, pedrinhas e outras sujeiras. Depois lave bem numa peneira e ponha de molho a noite toda numa tigela com água o suficiente para cobrir todos os grãos e passar mais uns 2 a 3 dedos. No dia seguinte quando fôr cozinhá-la, acrescente mais água se achar necessário. A água deve cobrir a canjica e ainda sobrar uns 2 dedos quando estiver na panela.

Cozinhe a canjica: A canjica pode ser cozida em panela de pressão, ou numa panela grande comum.

Panela de pressão: Ponha a canjica na panela com a água em que estava de molho e acrescente mais se fôr necessário. Tampe-a, segundo as instruções do fabricante, e cozinhe por 20 minutos desde o começo. Comece com fogo algo e no meio do cozimento, quando a panela começar a fazer barulho, abaixe o fogo. Depois de 20 minutos, retire-a do fogo, ponha na pia embaixo da torneira e deixe correr um fio de água fria sobre a tampa. Quando a panela esfriar um pouco e perder a pressão, abra-a com cuidado.

Termine a canjica:
Depois que a canjica estiver cozida, acrescente o leite, o leite de coco, o leite condensado, a canela em pau e o sal. Se quiser você pode acrescentar amendoim torrado e moído ou coco ralado.

Então, se quiser, coloque também nessa hora. Misture tudo muito bem e deixe cozinhar até o caldo engrossar e ficar cremoso. Sirva quente ou ao natural. Se quiser pode polvilhar um pouco de canela em pó também. Rendimento: 12 a 15 porções.

Dica:
Nunca encha a panela de pressão acima da metade, pois caso contrário, quando começar a pegar pressão, o caldo começará a sair pelo furo da tampa da panela e dificultará o cozimento.

Panela comum: Coloque a canjica numa panela grande com a água do molho e acrescente mais se achar necessário. Ela deve cozinhar até ficar bem macia. Vai demorar um pouco mais, mas ficará igualmente saboroso.




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